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segunda-feira, 7 de abril de 2014

How I Met Your Mother: It was all about the journey!

Há sete dias, a televisão perdia um pouco de sua magia com o fim de How I Met Your Mother. E a exemplo da matéria de segunda-feira, 31 de Março, quando foi ao ar “The Last Forever”, episódio final da série, escrevo uma das matérias mais cheias de emoção e sentimento da história de Ars Nova. Nela conterão diversos spoilers sobre a série.



Certo dia, um amigo me recomendou uma série que havia acabado de lançar, disse que combinava comigo e eu iria gostar! Eu decidi assistir, o que foi um gigante acerto e uma razão de eterna gratidão para com tal amigo.

Bem, começando "do começo", o eixo da série por si só já é fenomenal! Ted Mosby contando a seus filhos, Luke e Penny, a história de como ele conheceu a mãe deles. Existem centenas de séries sobre amigos que, com o perdão do meu momento narrador de filme matutino, vivem loucas aventuras! Mas, este plano de fundo, que How I Met Your Mother leva inclusive no nome, foi a cereja do bolo, o diferencial que tornou a série tão mágica.



Em primeiro lugar, eles nos prenderam a esperar quase uma década para descobrir quem seria a senhora Mosby. (Se alguém acha que a espera foi em vão, nem precisa continuar lendo a matéria). E, além de tal, e é aí que entra a genialidade da série pra mim; vimos como Carter Bays e Craig Thomas, os brilhantes autores da série, ligaram eventos de todas as temporadas umas com as outras, como detalhes do dia a dia de nossos personagens posteriormente seriam continuados, explicados e, muitas vezes, surpreenderiam a todos, mostrando-se parte importante do destino dos mesmos personagens. Tem que ser de um brilhantismo considerável para arquitetar uma série como os senhores Bays e Thomas fizeram, e, tão brilhante quanto é necessário ser para, ano após anos, desenvolver tal arquitetura em tantos espetáculos que iam ao ar nas transmissões da série.

Essa encantadora história foi narrada pelo Ted do futuro, de 2030, que contava a mesma a seus filhos, na marcante voz do narrador Bob Saget, um show à parte! Brincadeiras e texto corriqueiro a parte, foram incontáveis e inomináveis frases inspiradoras que saíram do trabalho de Saget, fazendo a todos refletir sobre temas como o amor, o destino, a felicidade e a própria vida, em várias de suas vertentes, tendo ele abrangendo ainda uma série de outros temas, claro, sempre moldados na mais pura e refinada poesia, como foi a marca do velho Ted Mosby, o contador de histórias, ao longo das nove temporadas. Uma salva de palmas.

E do que valeria uma história tão formidável se não fossem seus protagonistas? Desde o princípio, ficaram claras características peculiares de cada personagem, que foram evoluindo e se intensificando a cada episódio e temporada até consolidarem-se como ícones da televisão.

Uma das primeiras coisas que me encantou na série foi o quão me identifiquei com o protagonista. Estou longe de sua idade e não tenho sua ânsia por encontrar a mulher perfeita que fora se desenrolando no passar das temporadas, apesar de também sonhar com o encontro com a mulher da minha vida e com nossos dois filhos, mas, por diversas vezes me enxerguei no personagem, o que, inclusive, virou “piada” no meu grupo de amigos, essa tal semelhança, às vezes assustadora. Portanto, sou suspeito para falar sobre Ted, interpretador por Josh Radnor, um dos meus personagens favoritos de tudo em todos os tempos!

Apesar disso, e apesar de Ted ser o protagonista, talvez o personagem mais conhecido da série, por razões obvias, seja Barney Stinson, interpretado pelo que pra mim, ao lado de Jim Parsons, o Sheldon de The Big Bang Theory, seja um dos dois mestres da comédia na televisão atual, Neil Patrick Harris. Barney e toda sua irreverência, a finesse de seu desleixo, todas as suas teorias, que se tornaram eternas, suas regras e códigos do Bro Code, que se eternizaram ainda mais, e suas frases e trejeitos, escritos nas estrelas, renderam a Neil vários prêmios e muita, muita admiração!


E quanto a Marshall e Lily? Mas que prazer escrever sobre os dois! Essa semana eu li uma garota dizendo que eles são o maior casal da história da dramaturgia, aí ela perguntou, entre parentes “Eu exagerei?”. Não me importa se ela exagerou, afinal, segunda-feira, aqui mesmo, algumas matérias abaixo, eu classifiquei How I Met Your Mother como a maior série já produzida. Eu exagerei? Talvez, mas é este o efeito que a série causa às pessoas! Esse é o efeito que Lily e Marshall, Mister e Miss Awesome, como eles se apresentam, causam nas pessoas!
Marshall tem um humor tão inocente, puro e sincero, Jason Segel é um ator simplesmente incrível! E quanto a Lily, Alyson Hannigan, ela é uma extrema doçura, contrastando com os momentos calientes e descontraídos de sua personagem, mas sempre, sempre com muita graça e divindade.

Todos; Josh, Neil, Jason, Alyson e Colbie Smulders, a brilhante atriz por trás de Robin, se encontram na minha lista de atores favoritos.



Eles são brilhantes! Maestros da atuação, como tantos outros que participaram da série, que, aliás, contou com muitas, muitas participações especiais, de várias áreas; desde atores, apresentadores, cantores a esportistas e muito mais! Algumas das maiores personalidades do planeta marcaram sua presença na série ao longo de suas nove temporadas, e, de tudo e todas, a primeira a ganhar seu lugar na minha lista de personagens femininas favoritas, foi Colbie, Robin! 

Mas que personagem é Robin? Nem todos os personagens que foram feitos para “quebrar padrões” dão certo! São poucos os que me agradam, mas, Robin e seu jeito bruto, desbocado, descolado, descontrolado e rebelde, construído numa belíssima mulher, ganhou meu coração! Nunca mais vou conseguiu ouvir o nome “Patrice” sem me lembrar de Robin gritando com Patrice. E essa foi apenas uma dentre as tantas coisas que Robin eternizou pra mim. Grande, grande personagem. 




Bem, como não é novidade para nenhum dos fãs e agora não é mais para qualquer um que está lendo esta matéria, a qualidade dessa formidável série é notável desde o começo! Mas o que realmente fez-me apaixonar por ela, o momento quando realmente caí in love aconteceu no episódio doze da primeira temporada, “The Wedding”, através do romance entre Ted e Victoria. O encontro mágico entre os dois e seu desenrolar.  

Inclusive, num dos episódios finais da série, agora na última temporada, episódio dezessete, "Sunrise", enquanto caminhava na praia ao lado de Ted, Robin citou alguns dos melhores relacionamentos do nosso querido senhor Mosby, como “The slutty pumpkin”, do episódio doze da primeira temporada, "Slutty Pumpkin", que seria traduzido pifiamente como “abóbora safada”, garota que Ted conheceu numa festa de Halloween, porém, perdeu seu contato e, ano pós ano, prosseguiu procurando a garota da fantasia de abóbora, no mesmo telhado, na mesma comemoração de Halloween, com as mesmas esperanças.

E que tal Stella? A doutora que tirou a “tatuagem de vadia” que Ted fez nas costas em "Wait For It", primeiro episódio do terceiro ano da série. Esta foi outra citada por Robin! A encantadora doutora de cabelos dourados também ganhou a simpatia do público. No primeiro episódio da quarta temporada, "Do I Know You?", ela se comprometeu a, mesmo sem gostar do filme, assistir Star Wars ao lado de Ted todos os anos, e, dizer que amou! E ainda o fez vencer, dois episódio depois, em "I Heart NJ", seu bairrismo e decidir mudar-se para Nova Jersey. Um relacionamento quase perfeito, se não fosse pelo quinto episódio da temporada, "Shelter Island", quando Stella o deixou no altar.
Mas, como quem assistiu a série bem se lembra, foi graças ao reencontro de Ted e Stella, em "Right Place, Right Time", vigésimo segundo episódio do quarto ano e, no episódio vinte e três, "As Fast As She Can", que, através do ex e também atual marido de Stella, Ted começou a dar aulas de arquitetura, conheceu Cindy, no episódio doze da quinta temporada, "Girls vs Suits", o mesmo da divertida música "Nothing suits me like a suit", e anos mais tarde a encontrou (Cindy) no metrô, na oitava temporada, episódio treze, "Band or DJ?" e a mesma lhe sugeriu uma banda para o casamento de Robin, cuja baixista era ninguém mais ninguém menos que a futura mãe de seus filhos.

Tivemos Zoey, que participou de vários episódio da sexta temporada, interpretada por Jennifer Morrison, protagonista de Once Upon a Time, que teve uma relação cheia de contrastes com Ted, onde ela defendia seus ideais ambientalistas que iam contra os planos e necessidades da carreira de Ted.

Dentre esses, sabemos que aconteceram outros incontáveis e inomináveis encontros, um mais intenso, romântico e principalmente divertido que o outro, mas, pra mim (e pra Robin), nenhuma delas foi como Victoria, a personagem que me fez encantar pela série a princípio! Linda, linda, tão encantadora! A mulher que, anos depois de seu término com Ted, largou seu noivo no altar, no terceiro episódio da sétima temporada, "Duck Tie", para ficar com Ted.



Até então, a mulher ideal para Ted, sem dúvidas! 



Isso se não fosse por “algo”, que fora responsável pelos dois términos do casal; Robin Scherbatsky.

Colbie Smulders, como já citado, foi a primeira personagem feminina a ganhar morada em minha lista de atrizes favoritas. Robin é uma personagem fenomenal, além de belíssima, como também já citado, isso é inegável. E mesmo com toda magia que envolvia/envolve Victoria, é compreensível que Ted terminasse com a mesma por Robin, seu amor desde o primeiro episódio!
E é aí que entra a verdadeira razão de eu estar escrevendo sobre os romances de Ted; sua esposa!

Eu vivia me perguntando: Como será a senhora Mosby? Como Bays e Craig conseguirão criar uma personagem para competir (e vencer) tantas mulheres encantadoras e histórias de amor tão bonitas que Ted viveu?


Mas não é que os filhos da mãe conseguiram?


Passando por um compilado de romances em oito grandes temporadas, eu li um colega redator, de um site grande, inclusive, dizendo que os produtores tinham 24 episódios para fazer o público se apaixonar pela senhora Mosby, tendo em vista que ela apareceu pela primeira vez no final do episódio 24 da oitava temporada, “Something New”, mas, segundo aquele redator, eles não conseguiram!
Eu respeito todas as opiniões, mas, se isso for verdade, eu com certeza assisti a outra série!

Tracy McConnel, a garota do guarda-chuva amarelo, the mother, é simplesmente perfeita! O único defeito que consigo encontrar nela é que, por motivos da sobrevivência da série, ela só apareceu no final! Tudo, desde “One ticket to Farhampton, please”, com ela comprando a passagem que a levaria para o casamento de Barney e Robin, no final da oitava temporada, ao seu primeiro encontro (perfeito) com Lily, no trem, no primeiro episódio da nona temporada, "The Locket", seu primeiro encontro (perfeito) com Marshall, no décimo terceiro episódio, "The Bass Wanted", quando ela deu carona para ele e seu filho Marvin, seu primeiro encontro (perfeito) com Barney, que aconteceu tempos atrás na linha do tempo da história e, inclusive, como vimos no nono episódio da temporada, "Platonish", foi o pontapé que fez Barney se casar com Robin, seu primeiro encontro (perfeito) também com Robin,  no vigésimo segundo episódio, "The End Of  The Aisle", quando ela estava fugindo do casamento e Tracy, com um simples conselho, a fez parar! E, por fim, seu primeiro encontro perfeito com Ted, no episódio final, "The Last Forever", embaixo do lendário guarda-chuva amarelo, que já pertenceu a ambos, com as iniciais T.M, de Ted Mosby ou Tracy McConnel, gravadas nele, isso sem contar as diversas cenas do passado, como no fenomenal episódio 200 da série, "How Your Mother Met Me", um pouco de sua história que foi contada e cenas futuras que nos foram mostradas do apaixonante romance entre Ted e Tracy, desde sua primeira aparição a última; ela foi perfeita!



Tracy, interpretada pela tão queridíssima Cristin Milioti, que, se eu tivesse 13/14 anos provavelmente estaria espalhada por meu quarto em diversos pôsteres, não conquistou apenas a Ted e seus amigos, mas também a mim, e, sem dúvidas, milhões de pessoas! Seria antinatural dizer ou mesmo pensar o contrário!
A personagem foi esculpida com muita graça e uma doçura ímpar! Engraçada, atenciosa, compreensiva, bondosa, e, pra mim, levando em conta todas as mulheres do mar da terra e céu, a mulher perfeita para Ted Mosby.



Caminhando para o fim da matéria, falando também sobre o final da série, eu ouvi várias pessoas dizendo que a série perdeu a graça e se desgastou com muitas temporadas! Mas, olhando para trás e não me lembrando de um episódio sequer que julgo ter sido ruim, após ter rido incessantemente por literalmente não sei quantas vezes, depois de tantas vezes que disse pra mim mesmo “Não acredito que eles fizeram isso!” ou “Como podem ser tão geniais?” Depois que eu, tão, tão crítico, fiquei de queixo caído e com os olhos cheios de lágrimas por tantas vezes, depois de ter me apaixonado tanto por tantos personagens e histórias e de acompanhar, como se estivesse com eles, sentado no MCLaren pub tomando um copo de leite, uma saga criada com tanta genialidade, como eu poderia dizer que a série perdeu a graça? Jamais! Muito pelo contrário, pra mim, a nona temporada foi a melhor! Foi uma verdadeira obra de arte! Uma obra prima! E, pra quem pensa que estou exagerando, acreditem, estou me comedindo!



Também quero lembrar que a última temporada fechou vários assuntos que a série nos contou ao longo das temporadas, fazendo algo que é cada vez mais raro; encerrar uma série sem furos ou buracos! Nessa temporada eles mostraram, como, aliás, fizeram a série inteira, que tudo o que aconteceu em suas vidas foram peças essenciais para seu presente, seu destino, para o desfecho da série, numa perfeita sinfonia, roubando as palavras de Ted Mosby, da máquina do universo.
Além de terminarem a sensacional aposta dos tapas entre Marshall e Barney, que começou na segunda temporada, episódio nove, “Slap Bet”, eles ainda fizeram, dentre tantas coisas, algo incrível, no episódio vinte e um, “Garry Blauman”, onde o foco era na realidade que mostra que, com o desenrolar da vida nós perdemos o contato com amigos, às vezes até grandes amigos, da escola, da vizinhança, da faculdade ou trabalho, não importa, as pessoas entram e saem de nossas vidas, tanto na vida real como na série, porque a vida continua a rolar, e, nesse episódio eles nos contaram o destino de quase todos os principais personagens que tiveram seu papel ao longo das nove temporadas.

Falando em destino, nada melhor do que falar dos nossos queridos protagonistas e de seus destinos mostrados no episódio final da série...

Eles continuaram juntos e felizes, como sempre!



Depois do fim de semana do casamento, fora dada a impressão de que talvez isso não tenha acontecido, é verdade, mas, mesmo uma vida feliz é cheia de altos e baixos! 




E, a verdade é que ao longo das nove temporadas, nós tivemos diversas provas de que eles estavam juntos no futuro, e estavam felizes! Como o episódio nove da oitava temporada, por exemplo, “Lobster Crawl”, quando, no futuro, Lily e Marshall levam os filhos de Ted para conhecer o Papei Noel, se vingando por Ted ter feito o mesmo com Marvin no passado. Ou o episódio dezesseis da mesma temporada, com a participação de Mike Tyson,"Bad Crazy", a série mostra Lily e Robin sentadas juntas bebendo e conversando por várias vezes no futuro. Além desses, houve várias outras provas de que eles estavam juntos e felizes no futuro. Nem sempre fora especificado “quando” todos estes futuros aconteceram, mas não existe dúvida de que eles foram reais... E muito felizes!

Não consigo nem por em palavras a alegria de Ted, encontrando o amor de sua vida, conhecendo ela melhor, se apaixonando, fazendo-a se apaixonar e construindo o amor no qual a série é baseada, além de trazer ao mundo Luke e Penny!




Lily e Marshall foram pra Itália, realizando o sonho artístico de Lily, com um segundo bebê a caminho, realizando o sonho de Marshall! E, de volta aos Estados Unidos, Marshall passou um período difícil em empregos que iam contra tudo aquilo que ele sempre sonhou em sua carreira, como aconteceu, aliás, em vários momentos da série. Mas, ele recebeu uma ligação, como Lily disse que aconteceria, se tornou Juiz e, mais pra frente, quando o terceiro filho já havia nascido, se tornou congressista!

Barney... Barney talvez tenha sido o ponto que pior me agradou no final da série, tendo em vista sua “anti-evolução”. Ele passou anos e mais anos vivendo uma vida leviana, mas mudou pelo amor! Como sabemos, ele e Robin se casaram, mas, devido ao trabalho de Robin, e, sejamos francos, por culpa de ambos, o casamento não deu certo e eles se divorciaram. Depois disso, Barney, agora mais velho, voltou a sua devassa vida antiga. Não gostei deste desfecho, mas, gostaria de lembrar que foi este mesmo Barney, com esse estilo de vida, que se tornou o ícone que é hoje e eletrizou milhões de fãs nos quatro cantos do mundo, being so freaking awesome! E, de mais a mais, por fim, depois de ter “regredido”, ele conseguiu realizar seu sonho; ser pai! E se o amor de Robin não o mudou, o amor daquele pequeno anjinho, sua filha, transformou sua vida, como pudemos ver quando ele deu um sermão nas duas jovens no bar, protegendo-as de homens... Como ele foi um dia!



E Robin, um caso bem complicado! Ela sempre priorizou seu trabalho a vida amorosa, isso nunca foi segredo! E, depois do casamento, isso não mudou. Ela e Barney se separaram e ela se afundou ainda mais no trabalho, se transformando numa das jornalistas mais famosas do planeta, ocupada e sem tempo para amar, seus amigos ou vida social, mas com o rosto estampado por todos os cantos! Foi triste ver Robin se separando do grupo, mas, como a mesma disse; como ela poderia ficar perto de seu ex marido, Barney, e de Ted, o homem, feliz com a mãe de sua pequena filha, com quem ela deveria ter ficado? Ela ficou longe por muito tempo, mas, como eu já citei; diversas vezes durante a série o futuro nos fora mostrado, e sabemos que eles estavam juntos. E, tudo começou naquela noite...

Aquela noite! A última cena, o fim de uma era...



Ouvi muitas opiniões sobre o fim da série, positivas e negativas, mas, acima de tudo, a justiça deve ser feita! Não vou mentir, meu coração se partiu em dois quando vi Tracy deitada naquela cama de hospital, confirmando sua morte! Ela veio a falecer, e, seis anos depois, com o fim da história que todos conhecemos, Ted tornou a roubar a flauta azul, e, como no primeiro episódio, apareceu com ela na janela de Robin. O início de seu novo romance, adormecido a tantos anos.  



Ouvi muitos dizendo que este final foi ruim, péssimo, bom, ótimo. Que foi muito surpreendente ou que foi óbvio demais. Na verdade, um grupo de fãs criou a teoria de que Tracy teria, na verdade, realmente morrido e isso (inclusive) teria motivado Ted a contar essa história, homenageando-a para as duas criaturas que são a prova daquele amor; seus filhos! O engraçado é que Cristin Milioti, claro, negou a história, dizendo “isso é loucura”.

Loucura ou não, foi o que aconteceu!

Segundo Penny, a filha de Ted e Tracy, essa história toda foi apenas uma "desculpa" pra contar a seus filhos sua paixão por Robin e ter sua “permissão” para chamá-la para sair. Afinal, segundo a mesma, sua mãe, falecida há seis anos, só apareceu no final da história! E as crianças deram todo apoio ao romance, pois, segundo os mesmos; eles amam a tia Robin.

E, nós sabemos que a história (série) começou no exato episódio em que ele conheceu e se apaixonou por Robin. E ele prosseguiu apaixonado por nove temporadas, do episódio 1x1, o piloto, ao 9x24, “The Last Forever”. Até conhecer Tracy, Robin foi o grande amor da vida de Teddy.
E, desde a primeira temporada, em toda montanha russa que foi o relacionamento desses dois, mesmo depois dela se apaixonar por Barney, ou quando eles ficaram noivos ou até mesmo no dia do casamento, quem nunca torceu para que os dois, Ted e Robin, ficassem juntos?

O nome da série é “How I Met Your Mother”, que quer dizer, e como o grupo bandeirantes teve a cara de pau de traduzir, “Como eu conheci sua mãe”. Portanto, apesar de, segundo os produtores, o plano sempre ter sido terminar a série com Ted e Robin juntos, o nome da série já deixava certo que Ted ainda estaria a encontrar o amor de sua vida! E o desenrolar da série nos mostrava que o par perfeito para Robin era Barney, e, ninguém pode negar que eles faziam um casal incrível! Mas ainda assim, alguma coisa dentro de mim, e de milhões de pessoas, nos instigavam ao desejo de ver Ted e Robin juntos! No Central Park, no vigésimo terceiro episódio da oitava temporada, “Something Old”, quando Ted perdeu sua reunião importantíssima para ajudar Robin a encontrar o medalhão, ou quando ele cruzou o país em vários momentos da nona temporada e moveu céus e terra para encontrar tal medalhão, ou ainda no episódio vinte e dois da nona temporada, “The End of The Aisle”, quando Robin quis fugir com Ted de seu casamento! Quem nunca torceu pelos dois? A verdade é que, em um episódio, Ted provavelmente fez mais por Robin do que Barney fez na série inteira! E foram essas e várias outras ocasiões e os sentimentos que elas nos causaram as razões do porquê, desde o princípio, os produtores terem planejado um fim com o amor de Ted Mosby e Robin Scherbatsky. Um final, olhando por este lado, belíssimo.



Mais do que ninguém, Ted e Robin merecem ser felizes!

Todavia, não posso negar que senti um aperto enorme com o destino final da série! Não pude evitar, me encantei demais por Tracy e, como opinião pessoal, preferia tê-la visto para sempre ao lado de Ted e ver Robin com Barney. Mas tudo bem, ela deu a Ted dois lindos presentes; Luke e Penny, o que infelizmente Robin não poderia dar e ele, ainda mais do que Barney, sempre havia sonhado. Além disso, no tocante “Vesuvius”, décimo nono episódio da última temporada, nós vimos que Ted, um dos maiores contadores de história da dramaturgia, havia contado a sua esposa todas as suas histórias. Eles mesmos se classificaram como um casal de velhos, que haviam compartilhado todas as suas histórias, que estavam plenamente felizes e verdadeiramente realizados, tendo compartilhado intensamente suas vidas e seus corações. 



Na verdade, aquele foi o episódio que indicou que Tracy morreria! Quando Ted termina de contar a história de como a mãe de Robin apareceu no casamento, ela diz “Mas é claro que ela apareceu! Que mãe não estaria no casamento da filha?” Ted começou a chorar... Hoje claramente por saber que ela perderia o casamento de sua filha, Penny, que viria em algum momento do futuro.
Ele está contando a história para seus filhos em 2030. No fim da história, nos é revelado que Tracy havia morrido há seis anos, e, o episódio em questão, “Vesuvius”, se passa em 2024, seis anos atrás, ou seja, ela provavelmente morreria naquele ano, mas ela estava lá, feliz, muito feliz, radiante e encantadora como sempre e como nunca!



Eu ouvi gente dizendo que, com esse destino da série, a mãe, Tracy, não havia significado nada para Ted! Que ela foi uma mera desculpa. Peço perdão para quem concorda, mas, isso pra mim é ridículo. Como alguém tão, tão apaixonado e intenso como Ted se mostrou desde o primeiro episódio poderia não ter amado a Tracy, a mãe de seus filhos? Alguém que assistiu toda a série pode realmente achar que ele não a amou com todas as suas forças e que as palavras que ele narrou no episódio final, do momento em que ele a conheceu até seu leito de morte, palavras que me fizeram chorar, não eram verdadeiras? Eu tenho certeza que eram, e, sua importância em sua vida é incomparável e insubstituível.

"Sabe, crianças, do momento em que eu conheci sua mãe, eu sabia que teria que amar aquela mulher com todas as minhas forças, por quanto tempo eu pudesse, e eu não poderia deixar de amá-la nem mesmo por um segundo!"



E ele carregou, segundo o mesmo, esta lição com ele por toda sua vida!

Eu achei que jamais escreveria uma matéria tão grande quanto a Teoria da Pixar aqui, mas isto já está se tornando um livro... É hora de parar! Estou quase finalizando e agradeço quem está acompanhando até aqui!

Como eu disse no começo da matéria; existem várias séries sobre um grupo de amigos e seu dia a dia, mas How I Met Your Mother tinha o algo a mais, o diferencial, the mother! Ela foi uma brilhante invenção da série para contar, não a Luke e Penny, mas a nós, a vida de Tedy Mosby, Robin Scherbatsky, Marshall Eriksen, Lily Aldrin e Barney Stinson. Desde os mínimos detalhes aos maiores, do que era mais simplório as suas imortais histórias de amor, amizade e destino. E no final, Tracy, a mãe, aquela que tornou tudo possível, foi sim, muito, muito importante! Ela terminou feliz, tão como todos os outros, de diferentes maneiras, felizes, realizados e juntos!



Nada e nem ninguém é perfeito, tampouco essa ou qualquer outra série ou vertente da arte, nas telonas, nos palcos ou nas telinhas seria, mas pra mim, How I Met Your Mother, em suas nove temporadas, chega bem perto disso! Se não fosse assim, não seriam nove temporadas de tanto sucesso, prêmios, records, fãs, genialidade e muita magia!

E na despedida da série, quando os atores estavam sendo apresentados,








Nos últimos instantes do último episódio, fora dito algo que vale para todos nós. Muitos podem não ter gostado do fim de How I Met Your Mother, muitos podem ter gostado, se  decepcionado, maravilhado, frustrado ou realizado, pode ter acontecido de tudo, mas:

Crianças, tenham gostado desse final ou não, quero que tenham uma coisa em mente: O que realmente importa na vida não é o destino, mas a jornada!"



Uma salva de palmas que ecoe pela eternidade!